28 de agosto de 2009

Não é por aqui que se avança

Um dos meu passatempos é, depois de cada notícia, ler os comentários que qualquer cidadão tem o direito de publicar hoje em dia. Após tantos comentários lidos, as minhas reacções sofreram várias transformações. Comecei por achar piada; passei pela indignação e raiva pela falta de bom senso constante de muitas pessoas; seguiu-se uma fase de incredulidade pela própria raiva que essas pessoas têm por figuras públicas ou desconhecidos que por esta ou por outra razão mereceram ser notícia (vulgarmente conhecida como dor-de-cotovelo); e, finalmente, chega a aceitação. A aceitação de que este vai ser o mundo em que vamos viver nos próximos anos.

O que eu não contava era que houvesse uma outra fase. A fase do medo. Medo por achar que dispondo desta capacidade opinativa, certas pessoas rancorosas, invejosas, obscenas, mal-criadas, e com ideais extremistas, racistas e déspotas sentir-se-ão interessantes e seguidos. Não querendo comparar mas fazendo apenas referência, tudo isto fez-me pensar em livros como Mein Kampf de Adolf Hitler e o Livro Vermelho de Mao Tsé-Tung.

Mas no fundo, espero que sejam apenas punheteiros que vivem nas caves das suas mães com vergonha deles próprios.

Sem comentários: